...
(o texto não é meu, as dores não são minhas. mas é como se fossem. e também tem que há favores que eu não cogito negar. inconcebível, inconcebível, inconcebível. então obedeço. o meu ombro, o altarzinho na minha alma e o meu limoeiro são seus, baby. e taí o que você me pediu. queria que tudo que você quer e merece fosse tão simples como foi publicar esse post. amo você.)
- Garçom, me traz uma dose de absinto. Dupla. E sem bordinha de açúcar: não há o que comemorar. Agradeço se me trouxer também guardanapos e uma caneta.
Nunca pensei que tomaria absinto num dos momentos mais tristes da minha vida. Tomei-o pela primeira vez com você e nunca mais esqueci esse sabor.
Sinto falta de você.
Sinto falta das vezes em que fomos no píer do Leblon.
Sinto falta das vezes em que assistimos ao pôr-do-sol no Arpoador.
Ainda estou com o rosto inchado de tanto chorar. Estou exausto. Por mais que tente esconder a dor, as pessoas notam. Difícil resistir e não chorar tudo de novo.
Sinto falta de você.
Sinto falta das suas cartas.
Sinto falta das suas declarações.
Inevitavelmente memórias me vêm à cabeça. Arrancam-me sorrisos, que de pronto se desfazem. Como meus olhos ardiam ontem... Parecia que eu chorava absinto. Soluçava. Meu coração não é de pedra: é de espuma. E está aos pedaços.
Sinto falta de você.
Sinto falta das vezes em que você se entregou pra mim.
Sinto falta das vezes em que você não me deixou sozinho.
- Garçom, traga-me mais uma dose. Sim, dupla.
E eu que pensava que o poeta que um dia existiu dentro de mim estava morto. Que nada. Estava adormecido. Mas ainda lembra como chorar. E chora sangue.
Estou chorando por dentro. O coração está apertado. Ressuscitei uma máscara que não usava há tempos. O modelo "não é nada, está tudo bem". Não está nada bem. Dói. Simplesmente dói. E não tenho como esconder, ainda mais para aqueles que me conhecem bem.
Sinto falta de você.
Sinto falta de cozinhar pra você.
Sinto falta de ser acordado de madrugada e ouvir que me ama.
Caminhava pela praia ontem. Meu refúgio. Não consegui entrar em casa quando desci do seu carro. No caminho ouvia todas as músicas que sempre adorei, mas que nunca me fizeram o real sentido. Chovia. Senti na pele a angústia do compositor.
O que você deve estar pensando de mim? Deve me achar maluco. Antes de morrer de tristeza, morrerei de arrependimento. Tinha que ser assim. Não havia outro jeito. Ah, se eu te pudesse fazer entender. Não quero que você saia da minha vida. Não te dou esse direito.
- Garçom, traga-me outra. E pode deixar a garrafa.
Não quero que você deixe de falar comigo. Não quero que você desapareça. Somos adultos e a sua importância na minha vida é e sempre será tamanha, que não me permito perder um minuto sequer dos seus dias. Não vou deixar de te amar. Nem quero. Tudo que fizer daqui pra frente não será em momento algum pra te ofender, pra te insultar, ou pra te afrontar. Tenho que passar por isso e tenho que fazê-lo sozinho, de forma transparente. E jamais o faria enquanto estivesse com você. Paradoxal? Sim, sou assim. Você me conhece.
Me preocupo com você. Se você chegou bem em casa, se se alimentou. Sinto daqui a sua angústia. Sempre senti quando você estava triste ou alegre. Nunca te contei isso... Parece que o tempo reflete meu estado de espírito. Chove lá fora e dentro de mim. Ainda não parei de chorar.
- Garçom, pode fechar a conta. Já estou de saída. E vou levar a garrafa.
Não me interessa quanto tempo vai passar. Nem por quantas pessoas vou passar. A intensidade do que sinto por você é tamanha, que não vou conseguir esquecer. A vida dá voltas ridículas. Se não for agora, sei que nossas vida vão se cruzar novamente. Não sei quando, mas sei que vai acontecer. Não me importa se estiver casado e com dois filhos. O que sinto por você vai ficar adormecido em mim. Jogo tudo pro alto. Vou cultivar a saudade e vou vivendo de qualquer jeito ou de um jeito qualquer.
E com lágrimas nos olhos, com uma saudade latente, encerro esse desabafo.
(o texto não é meu, as dores não são minhas. mas é como se fossem. e também tem que há favores que eu não cogito negar. inconcebível, inconcebível, inconcebível. então obedeço. o meu ombro, o altarzinho na minha alma e o meu limoeiro são seus, baby. e taí o que você me pediu. queria que tudo que você quer e merece fosse tão simples como foi publicar esse post. amo você.)
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Soneto da Separação - Vinícius de Moraes)
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Soneto da Separação - Vinícius de Moraes)
- Garçom, me traz uma dose de absinto. Dupla. E sem bordinha de açúcar: não há o que comemorar. Agradeço se me trouxer também guardanapos e uma caneta.
Nunca pensei que tomaria absinto num dos momentos mais tristes da minha vida. Tomei-o pela primeira vez com você e nunca mais esqueci esse sabor.
Sinto falta de você.
Sinto falta das vezes em que fomos no píer do Leblon.
Sinto falta das vezes em que assistimos ao pôr-do-sol no Arpoador.
Ainda estou com o rosto inchado de tanto chorar. Estou exausto. Por mais que tente esconder a dor, as pessoas notam. Difícil resistir e não chorar tudo de novo.
Sinto falta de você.
Sinto falta das suas cartas.
Sinto falta das suas declarações.
Inevitavelmente memórias me vêm à cabeça. Arrancam-me sorrisos, que de pronto se desfazem. Como meus olhos ardiam ontem... Parecia que eu chorava absinto. Soluçava. Meu coração não é de pedra: é de espuma. E está aos pedaços.
Sinto falta de você.
Sinto falta das vezes em que você se entregou pra mim.
Sinto falta das vezes em que você não me deixou sozinho.
- Garçom, traga-me mais uma dose. Sim, dupla.
E eu que pensava que o poeta que um dia existiu dentro de mim estava morto. Que nada. Estava adormecido. Mas ainda lembra como chorar. E chora sangue.
Estou chorando por dentro. O coração está apertado. Ressuscitei uma máscara que não usava há tempos. O modelo "não é nada, está tudo bem". Não está nada bem. Dói. Simplesmente dói. E não tenho como esconder, ainda mais para aqueles que me conhecem bem.
Sinto falta de você.
Sinto falta de cozinhar pra você.
Sinto falta de ser acordado de madrugada e ouvir que me ama.
Caminhava pela praia ontem. Meu refúgio. Não consegui entrar em casa quando desci do seu carro. No caminho ouvia todas as músicas que sempre adorei, mas que nunca me fizeram o real sentido. Chovia. Senti na pele a angústia do compositor.
Eu perco o chão, eu não acho as palavras
Eu ando tão triste, eu ando pela sala
Eu perco a hora, eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim
Eu perco a chave de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio
Onde será que você está agora?
(Metade - Adriana Calcanhoto )
Eu ando tão triste, eu ando pela sala
Eu perco a hora, eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim
Eu perco a chave de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio
Onde será que você está agora?
(Metade - Adriana Calcanhoto )
O que você deve estar pensando de mim? Deve me achar maluco. Antes de morrer de tristeza, morrerei de arrependimento. Tinha que ser assim. Não havia outro jeito. Ah, se eu te pudesse fazer entender. Não quero que você saia da minha vida. Não te dou esse direito.
De que é feito o amor?
Dizem que o amor é pai
O que o amor me deu
Ninguém vai me tirar
O meu amor só crê
Nas visões que o amor me dá
Se uniu dois corações
Não vai mais separar
Uniu dois mundos em vidas tão separadas
Juntou caminhos, mas separou as estradas
Cadê o amor, cadê?
Sinto que ele vai chegar
Posso morrer de amor
Ou por amor calar
O meu amor só crê
Nas visões que o amor me dá
Se uniu dois corações
Não vai mais separar
(Dois Corações, na voz de Nana Caymmi - Ronaldo Bastos/André Sperling)
Dizem que o amor é pai
O que o amor me deu
Ninguém vai me tirar
O meu amor só crê
Nas visões que o amor me dá
Se uniu dois corações
Não vai mais separar
Uniu dois mundos em vidas tão separadas
Juntou caminhos, mas separou as estradas
Cadê o amor, cadê?
Sinto que ele vai chegar
Posso morrer de amor
Ou por amor calar
O meu amor só crê
Nas visões que o amor me dá
Se uniu dois corações
Não vai mais separar
(Dois Corações, na voz de Nana Caymmi - Ronaldo Bastos/André Sperling)
- Garçom, traga-me outra. E pode deixar a garrafa.
Não quero que você deixe de falar comigo. Não quero que você desapareça. Somos adultos e a sua importância na minha vida é e sempre será tamanha, que não me permito perder um minuto sequer dos seus dias. Não vou deixar de te amar. Nem quero. Tudo que fizer daqui pra frente não será em momento algum pra te ofender, pra te insultar, ou pra te afrontar. Tenho que passar por isso e tenho que fazê-lo sozinho, de forma transparente. E jamais o faria enquanto estivesse com você. Paradoxal? Sim, sou assim. Você me conhece.
Me preocupo com você. Se você chegou bem em casa, se se alimentou. Sinto daqui a sua angústia. Sempre senti quando você estava triste ou alegre. Nunca te contei isso... Parece que o tempo reflete meu estado de espírito. Chove lá fora e dentro de mim. Ainda não parei de chorar.
Como vai você
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contarsobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber.
Como vai você
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você.
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz.
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você.
(Como vai você, na voz de Daniela Mercury - Antonio Marcos / Mário Marcos)
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contarsobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber.
Como vai você
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você.
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz.
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você.
(Como vai você, na voz de Daniela Mercury - Antonio Marcos / Mário Marcos)
- Garçom, pode fechar a conta. Já estou de saída. E vou levar a garrafa.
Não me interessa quanto tempo vai passar. Nem por quantas pessoas vou passar. A intensidade do que sinto por você é tamanha, que não vou conseguir esquecer. A vida dá voltas ridículas. Se não for agora, sei que nossas vida vão se cruzar novamente. Não sei quando, mas sei que vai acontecer. Não me importa se estiver casado e com dois filhos. O que sinto por você vai ficar adormecido em mim. Jogo tudo pro alto. Vou cultivar a saudade e vou vivendo de qualquer jeito ou de um jeito qualquer.
E com lágrimas nos olhos, com uma saudade latente, encerro esse desabafo.
Você que tanto tempo faz
Você que eu não conheço mais
Você que um dia eu amei demais
Você que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade.
Você que já não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você que até hoje eu não esqueci
Você que eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade aqui em mim você ficou.
Você que eu não encontro mais
Os beijos que já não lhe dou
Fui tanto pra você e hoje nada sou.
(Você, na voz de Maria Bethania - Roberto Carlos / Erasmo Carlos)
Você que eu não conheço mais
Você que um dia eu amei demais
Você que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade.
Você que já não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você que até hoje eu não esqueci
Você que eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade aqui em mim você ficou.
Você que eu não encontro mais
Os beijos que já não lhe dou
Fui tanto pra você e hoje nada sou.
(Você, na voz de Maria Bethania - Roberto Carlos / Erasmo Carlos)