27 de outubro de 2010

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se nossos sonhos e aspirações mais puras são a medida, nosso presente não nos pertence, tanto quanto não nos pertencem nosso passado ou nosso futuro. passado, futuro, presente nos pertencem apenas enquanto os identificamos com nossas ações. nossos sonhos exigem mais de nós, porque não os escolhemos verdadeiramente; muito ao contrário, eles nos escolhem. tudo que nos cabe, no que lhes concerne, é buscar permanente e sinceramente conhecê-los tanto quanto nos for possível, e fazer com que cada uma e todas de nossas ações se dêem no sentido de concretizá-los tanto quanto nos for possível. mas não os escolhemos. não decidimos. eles são. como a natureza é. como deus é. em relação aos sonhos, à natureza, a deus, só nos cabe manter o canal aberto, para que eles se realizem através de nós.

se a medida é esta, nosso presente não nos pertence; em verdade, pertence, juntamente com todo o resto, a deus.

o que nos compete, nesta medida, nesta exata medida, é agir de acordo.