19 de setembro de 2004

SO I GOT ME SOME HORSES TO RIDE ON

o problema da vergonhosa freqüência de atualização disso aqui (que, AHAM, não podia piorar? não podia, é?) possivelmente piorará no futuro próximo. estarei entre aviões trens albergues museus castelos línguas estrangeiras gentes estrangeiras eu estrangeira. oceanos luz de distância. sei que no mundo virtual não há distâncias. mas há distâncias onde há e não há distâncias. há distâncias entre as distâncias e abismos entre os abismos entre um e outro pontos que compõem todas as linhas telefônicas internéticas metafísicas que se cruzam. ou não. a conexão talvez role. talvez não. talvez eu escreva muito. talvez eu escreva nada. talvez eu publique tudo, muito, pouco, nada.

na dúvida, preparem-se para dois meses (que parecerão minutos? dias? anos? séculos? para vocês? para mim? para mim.) de ausência.
...

no intervalo entre procurar aquilo que quero ler a seguir e encontrar aquilo que quero ler a seguir, ando lendo ana c. a normalidade é não gostar tanto assim de ana c., é achar ana c. meio assim assim. é achar que ana c. só fala pra ana c., achar ana c. hermética, não gostar do hermético, querer só o que vem fácil, o que cai no colo, o que fala o idioma sem intermediários, críticas, ensaios, traduções. e tem que ana c. é hermética, mas tem também que eu ando hermética, e tem talvez que nossos hermetismos andam se esbarrando por aí. idiomas que talvez andem coincidindo por aí. fato, muita coisa me escapa. mas, também, fato, eu não ando querendo capturar tudo. deixo escapar o que me escapa enquanto o que não me escapa me cai no colo por hermetismos que se esbarram e se revelam.